Autora Taynara Melo recomenda o livro de Keith Donohue | O menino que desenhava monstros.

Uma história repleta de uma delicadeza perturbadora e moderna. O menino que desenhava monstros é arrebatador, que trás a vivência de uma criança com síndrome de Asperger.

Seria pedir demais a compreensão dos pais, com uma criança agorafobica e que apresenta transtornos mentais? Fiz essa pergunta quando li os primeiros seis capítulos de O menino que desenhava monstros. Crueldade da minha parte seria criticar os pais.

Que esperava um filho como todos os outros. Que não recebia um diagnóstico correto sobre o seu filho. E todos os dias era um desafio se comunicar com Jake Peter e tornar seus dias menos introspectivo.

O pai queria concertar o filho. Queria que fosse normal. A mãe, não aguentava mais. Queria desistir e enviar o filho para algum lugar distante. Jake Peter tinha Nick, que também o achava estranho e não queria conviver com ele, porém, era obrigado, porque seus pais estavam sofrendo após a perda de uma gestação.

Duas crianças, que precisavam de seus pais para compreender a si mesmo. Dois casais que trazem bagagens cheias de frustrações, traições e medos. Jake encontra nos desenhos uma forma de se expressar, porém, esses desenhos ganham vida. É através desses desenhos que a história se torna assustadoramente deliciosa de se acompanhar. O final foi um plot, que me fez chorar e abraçar o livro como se ele fosse Jake. Recomendo.

Jack Peter é um menino solitário que sofre de síndrome de Asperger. Ou seja, ele não consegue se relacionar de maneira normal com as pessoas. Após um momento de sua vida em que ele quase se afogou, J.P. desenvolveu ainda agorafobia, ou seja, o medo de espaços abertos. Ele agora só consegue viver dentro de casa. Para sair é preciso muito esforço dos pais mesmo para fazer as coisas mais bobas como ir ao médico. Para cuidar de seu filho, Tim abandona o emprego (já que sua esposa Holly ganha mais do que ele) e passa a se dedicar integralmente a ele. Isso vai começar a criar uma série de problemas na relação entre seus pais.

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