Livro da autora Taynara Melo, A cor que vive em mim, é a realidade de muitas pessoas no mundo.

Nesta última quarta-feira, 18 de maio de 2022. Iniciou-se a segunda Leitura Coletiva do livro A cor que vive em mim, da autora brasileira Taynara Melo. Os leitores do grupo no WhatsApp, iniciou um debate com base nos seis primeiros capítulos.

 

Revoltados os leitores disseram que repudiam o fato das pessoas ainda cometer atos racistas. A história A cor que vive em mim se passa no início de 1996 e até 2016. Conta a história de uma empresária negra que teve uma infância difícil. Já na fase adulta, após iniciar um relacionamento com um arquiteto branco, começa a reviver o passado doloroso e enfrenta mais ataques racistas.

 

O livro também mostra que os educadores e responsáveis no ambiente escolar não estão preparados para resolver ataques de racismo entre alunos. A inclusão de negros nas escolas ainda é falha.

 

Outro fator importante ressaltado no debate. Foi a falta de amparo as crianças no ceio familiar. Os pais tem forte influência sobre a vida dos filhos. Quando a criança é negra e não tem uma pessoa capacitada para orientá-la com amor e carinho, no futuro; a mesma terá problemas de aceitação, insegurança, pode até se isolar ou reproduzir os atos racista.

 

No grupo, os leitores desprezam o fato das mulheres serem olhadas como um objeto de desejo. Infelizmente, a mulher precisa continuar lutando em prol do respeito. Pois roupas não define quem ela é. A cor que vive em mim, foi além de uma história de um casal inter-racial e trouxe temas necessários, que precisa ser debatido constantemente.


Trechos do livro que iniciaram os debates: 

Notei um pote de creme em sua mão esquerda e uma escova na direita. Aquela atitude da diretora deu a entender que a minha escolha de usar os cabelos soltos tinha sido errada.


Quando eu tinha oito anos ele foi baleado, após sair do seu serviço de recepcionista em um hotel chique, no centro de Brasília, por policiais que o confundiram com um bandido. Não teve repercussão a morte dele.

Pela época em que essa cena se passou até os dias de hoje, nada mudou. Pois são poucos os casos de negros "confundidos com bandidos" que foram assassinados por engano que repercute. Mas são muitos casos não famosos que acontecem - disse uma dar leitoras na leitura coletiva.

 

 

Um homem, com uma camisa escrito táxi em azul marinho na borda do bolsinho bordado, sentou-se próximo de mim e piscou. Depois, segui seu olhar, que tinha ido direto para minhas coxas. Deu-me uma vontade de chorar... 

Muitos dizem que agora tudo é sobre racismo. Muito pelo contrário. Agora as pessoas estão mais abertas para ouvir e expressar suas opiniões. Essa oportunidade jamais deve ser dispersada, deve-se ser usada com sabedoria. Quando a cantora Taylor Swift  lançou o novo clipe, "Wildest Dreams", ouve-se muitas críticas sobre o local que foi ambientado o clipe; na África. O clipe fala de um amor selvagem e impossível. Mas as questões levantada contra a cantora, era que não haviam negros no clipe. Insinuando uma apropriação indevida sem dar os devidos créditos. O diretor do clipe, emitiu nota, repudiando as críticas. Mas infelizmente vemos casos parecidos como esses. Pessoas brancas tirando vantagem da cultura negra sem dar os devidos créditos. Essa é mais uma cultura do racismo estrutural que precisa parar.

 

Graças ao universo online, hoje temos uma comunicação rápida com a opinião de várias pessoas do mundo. Assim é possível promover debates construtivos, desmistificando uma cultura racista, e incentivar o respeito. A autora usa suas redes sociais e influencia para falar sobre amor-próprio, aceitação, conscientização racial e respeito. Cada dia que passa essa comunidade vem crescendo. Todos unidos contra o racismo e qualquer tipo de preconceito.

 

A Leitura Coletiva ainda está acontecendo, ficará até o dia

 07/06/2022. Para participar, acesse esse link aqui

Para adquirir o livro da autora clique aqui.

Instagram: @taynaramelo25

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