Autora Taynara Melo fala sobre o livro A garota que não se calou da autora Abi Daré

O que você está disposto a fazer ou suportar para realizar seus sonhos?

Adunni é uma garota inocente de 14 anos, que teve seu destino escolhido pelo pai. Casar com um velho, que já tinha duas mulheres. Ele queria Adunni como esposa para lhe dar um filho homem. Nesse período Adunni sofreu muito, e por vezes, pensei o quanto essa menina vai aguentar mais?
 

A vida testa Adunni e lhe tira a única pessoa que ainda lhe dava forças e esperança para um dia realizar seu sonho. Mas o carma, lhe coloca nas mão de outro homem, que a coloca em situação difícil.

 

A garota que não se calou é uma história que fala de sonhos. E por mais que em inúmeras situações difíceis que ela se encontrou não foi por escolha dela, e sim, por escolhas de homens sem escrúpulos; que só viam mulheres como escravas domésticas e máquina de fazer filhos, Adunni não focou nisso. A história não é sobre eles. E sim, o quanto uma mulher pode fazer por si e pelas outras.


Ela aproveitou a oportunidade para aprender. Fazia questão de buscar alegria em tudo que fazia, para ter forças e um dia se libertar, para estudar e ter voz, para dar voz a outras meninas da vila em Lagos, Nigéria, onde ela morava antes de fugir.

 

Esse livro me fez refletir muito. Por vezes, li post no Instagram, vi mães, compartilhando conteúdo sem embasamento teórico, dizendo que o feminismo não liberta a mulher e sim oprime, que feminismo destrói famílias.

 

O interessante é que essas mesmas mulheres que são contra as feministas, usufruem das lutas delas. Se muitos pais hoje, arregaça as mangas e ajuda a esposa nos cuidados da casa, ajuda a cuidar dos filhos pra mãe cuidar de si, pra ir estudar ou até ir para um compromisso. Se a mulher trabalha no que sempre sonhou, se vota, se vai e volta a hora que quer, se consegue se divorciar, é porque outras mulheres anos atrás lutaram por isso. Feminismo é muito mais do que se depilar ou não. É sobre sororidade. E não estamos falando de uma mulher ser obrigada a gostar das outras mulheres. Estamos falando do não julgamento.


Antes de criticarmos a causa feminista. Seria interessante, fazer uma pesquisa mais aprofundada, embasada. A luta da mulher ainda continua. Assim como Adunni, precisou de muitas mulheres para conseguir realizar seu sonhos, receber respeito e ser livre. Nós na vida real também precisa se unir e não se atacar.


Todas as mulheres que cuidam da casa e de seus filhos e mulheres que trabalham fora e também cuida da sua família, são empoderadas. Todas dão o melhor de si. Precisamos parar com a competição. Entender que cada uma da o melhor de si para obter o que deseja. Almejo mais respeito e menos preconceito entre nós.


Vale a pena a leitura desse livro. Uma história crua, real, que transmite esperança e compaixão.

 

Me conta. Já conhecia esse livro?


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